Quen nos garda dos gardas?

Quem nos guarda dos guardas? Así titula Henrique Monteiro o artigo que publica esta semana na revista portuguesa Expresso, que comenza con este suxestivo e interesante parágrafo: "Fico bastante nervoso quando assisto a coros afinados em defesa da segurança; quando me vêm dizer que estao a libertar criminosos, quando se fazem manchetes sobre o perigo de um violador ser liberado ou de um assassino ficar en liberdade. Ainda fico mais nervoso quando o coro é, basicamente, composto por três ou quatro vozes: um punhado de policías cuja missao é prender; media dúzia de magistrados, cuja missao é acusar; alguns juízes que têm por missao julgar e um punhado de populistas cuja missao nao se percebe bem qual é, mas gostam de alarmar, de facer baixa política ou de, pura e simplemente, vender jornais a qualquer preço".
É evidente que Monteiro escrebe á sombra do desenvolvemento que está a levar o caso policial que orixinou a desaparición da nena británica Madeleine MacCann, pero o contido do seu artigo parece acaído tamén para comentar o que lle acaba de pasar ao estudiante norteamericano da Universidade de Florida Andrew Meyer. Por preguntarlle ao ex candidato á presidencia do imperio John Kerry se é verdade que pertenceu, coma George Bush, á sociedade secreta Skull and Bones que opera na Universidade de Yale, un grupo de policías de uniforme reducíuno á forza e levouno á comisaría como se fora un delincuente.
Como di Henrique Monteiro, "o equilibrio entre segurança e liberdade é difícil e é uma das mais antigas questioes. Já o autor latino Juvenal se interrogaba, nas súas 'Sátiras', sobre quem guardará os guardas ("quis custodiet ipsos custodes"). Porque estes arautos de segurança também devem eles prestar contas".
Eefectivamente, vendo o video que hai en YouTube sobre o que lle fixeron ao estudiante nortemaericano, 2.000 anos despois de Juvenal, cómpre repetir a súa pregunta. Quis custodiet ipsos custodes?